Esquerda europeia alerta para riscos de ‘Big Tech’ monopolizar controle de dados


A nova era digital abriu um novo mundo de possibilidades, mas também deixa desafios regulatórios aos quais os governos estão tentando se acostumar. A UE já aprovou várias regras para regular os conteúdos digitais e atribuir deveres a gigantes tecnológicos como a Google ou a Amazon, como o combate aos conteúdos ilegais, a responsabilização das plataformas digitais pelos seus algoritmos e a melhoria da moderação dos conteúdos. Mas há espaços deixados no limbo, segundo um relatório da esquerda europeia (GUE/NGL) que se debruça sobre os riscos de os chamados ‘Big Tech’ monopolizarem o controlo de dados.

Um regulamento europeu para governança de dados de saúde?

Avançar

A fiscalidade, os direitos laborais, o combate às alterações climáticas, os serviços públicos… governança dos dados”.

“Ao mesmo tempo que a UE está avançando em novas leis governamentais de economia digital, está promovendo uma política de comércio digital que contradiz e restringiria severamente o desenho de políticas de interesse público atuais e futuras”, afirma o documento do grupo. da esquerda: “Através de vários acordos bilaterais e regionais, a Big Tech está buscando manter uma política que favoreça o controle privado de recursos e práticas de tecnologia e controle.”

“Com suas propostas de comércio digital, a Comissão Européia está mais uma vez colocando os lucros das empresas acima da proteção do consumidor”, diz La France Insoumise MEP Emmanuel Maurel. “Num momento em que vemos a necessidade urgente de responsabilização pela inteligência artificial, a proposta europeia para o comércio digital permitirá que os governos responsabilizem os gigantes da tecnologia”, acrescenta Helmut Scholz, da Die Linke. .

O relatório denuncia que as grandes empresas tecnológicas estão a beneficiar de uma política fiscal que deixa de fora alguns produtos (como música, livros ou filmes online) sob o argumento de beneficiar as PME, ao mesmo tempo que aponta que são empresas como Netflix, Apple ou Amazon as que mais obter receita. Mas não se referem apenas a impostos diretos, mas também à “proibição de os governos exigirem uma cópia dos dados” que ajudam as empresas a terem menos implicações fiscais.

“Os países precisam de receitas fiscais (por exemplo, com impostos ‘Big Tech’) para financiar a sua transição. As propostas das grandes empresas de tecnologia de limitar a capacidade dos estados de tributar suas atividades reduzirão esses investimentos necessários”, diz o documento, que dá como exemplo de risco o combate às mudanças climáticas por um setor que consome 10% da eletricidade mundial e gera 4% das emissões de CO2.

A batalha também está no uso de algoritmos que, segundo o texto, permitem que as empresas coloquem seus produtos acima dos outros, apesar de a Amazon -que é a empresa indicada- sempre negar. “As exceções, inclusive as regras do comércio digital, não são suficientes para torcer o braço dessas práticas”, diz o relatório assinado pela pesquisadora Deborah James, que destaca que a regulamentação atual funciona para casos específicos, mas não exige a divulgação de a regra geral. .

Mas os algoritmos não são apenas perigosos para esse setor da economia, de acordo com o relatório, mas as regras do comércio digital podem afetar a regulamentação financeira e a segurança cibernética.

“Decisões no setor financeiro [como quién recibe una hipoteca para una casa o quién accede un seguro en base a los riesgos] eles são cada vez mais determinados por algoritmos que devem estar sujeitos à supervisão regulatória e ao escrutínio público. Além disso, a crescente automação das operações do mercado de ações representa enormes riscos em termos de estabilidade financeira”, argumenta o relatório, que lamenta que as regulamentações comerciais geralmente impeçam as autoridades de acessar essas informações.

Da mesma forma, compromete-se a que os sindicatos tenham acesso aos dados e algoritmos em que se baseiam as decisões relacionadas com o emprego e façam parte da negociação coletiva. O relatório dá como exemplo a ferramenta anunciada pela vice-presidente e ministra do Trabalho, Yolanda Díaz, incluída na lei cavaleiropara facilitar o acesso a esses algoritmos de trabalho.

Também defende uma colaboração público-privada com grandes corporações para aumentar a digitalização dos serviços públicos. E é que uma das críticas é que grande parte dos dados gerados na Europa está nas mãos de empresas estrangeiras “que deveriam ser obrigadas a compartilhar esses dados em benefício dos europeus” para o desenvolvimento de políticas públicas.


Source: elDiario.es – elDiario.es by www.eldiario.es.

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