Justiça. Fraude fiscal gigante? Buscas massivas em cinco bancos na França


É “a maior operação da história do PNF”: a promotoria financeira realizou buscas massivas na manhã de terça-feira em Paris e La Défense visando cinco grandes bancos da França, suspeitos de sonegação agravada.

Os estabelecimentos em questão são o BNP Paribas, Exane (gestor de fundos, filial do BNP), Société Générale, Natixis e HSBC.

Em detalhe, BNP Paribas e Exane são suspeitos de sonegação agravada e branqueamento de sonegação agravada, após denúncias das autoridades fiscais. Os outros três estão sob investigação por lavagem de dinheiro agravada e sonegação agravada. Todas estas investigações foram abertas em meados de dezembro de 2021, segundo o PNF.

A operação, confirmada no Twitter pelo ministro delegado das Contas Públicas Gabriel Attal, foi realizada por 16 magistrados (dos 19 em exercício) do PNF, 150 investigadores (dos mais de 250 em exercício) do serviço de investigações judiciais da Fazenda (SEJF), além de seis promotores alemães da Promotoria de Colônia.

O BNP Paribas e a Exane foram alvo, respetivamente, de uma denúncia obrigatória e de uma denúncia da administração tributária (Direção Geral de Finanças Públicas, DGFiP), permitindo a instauração de processo por evasão fiscal.

Os outros três bancos não foram alvo de tal denúncia, mas estão entre os estabelecimentos visados ​​no final de 2018 por uma denúncia apresentada por um coletivo “Cidadãos em bandos organizados” em torno do chefe dos deputados do PS, Boris Vallaud.

Num tweet, “sauda” a investigação do PNF depois de uma denúncia que “finalmente está a dar frutos”.

A técnica do “CumCum”

Suspeita-se que estes bancos tenham recorrido a um truque fiscal sobre os dividendos denominado “CumCum”, que pode ter custado mais de mil milhões de euros às autoridades fiscais francesas.

Esta prática consiste em escapar ao imposto sobre os dividendos que, em princípio, devem ser pagos pelos detentores de acções estrangeiras em sociedades cotadas em França.

Para aproveitar o esquema, esses donos de ações, pequenos poupadores ou grandes fundos de investimento, confiam seus títulos a um banco no momento da cobrança do imposto, escapando assim da tributação.

Os bancos teriam desempenhado um papel intermediário, ao mesmo tempo em que cobravam uma comissão dos detentores de ações.


Source: Le Progrès : info et actu nationale et régionale – Rhône, Loire, Ain, Haute-Loire et Jura | Le Progrès by www.leprogres.fr.

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