
MadriJosé Manuel Villarejo confirmou em tribunal a existência da Operação Catalunha. Esta sexta-feira, o ex-comissário da Polícia Nacional compareceu como investigador e perante o juiz Hermenegildo Barrera, na Plaza Castilla em Madrid, confirmou que Sandro Rosell era um “alvo” da polícia patriótica e que estava a ser investigado. Em declarações à mídia, no entanto, Villarejo destacou que descartou imediatamente que o ex-presidente do Barça tivesse qualquer vínculo com a independência e que refletiu isso em suas “notas de inteligência”, segundo ele interceptadas pela justiça espanhola e às quais diz que não tem acesso. O ex-comissário Antonio Giménez Raso, um dos informantes de Villarejo em Barcelona, e o inspetor da Unidade de Crimes Econômicos e Fiscais (UDEF) Alberto Estévez também afirmaram que apenas responderam às perguntas de seus advogados.
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O fato de Villarejo ter reconhecido judicialmente a operação da Catalunha não significa que tenha sido acusado do caso Rosell, ou seja, de fabricar um pretexto que levou ao processo judicial pelo qual Rosell passou dois anos em prisão provisória antes de ser absolvido” Tentaram enganar alguns de nós apresentando-o como um independentista”, disse o ex-comissário, pouco específico ao falar de “lutas com os árbitros”, fazendo uma analogia futebolística aberta a interpretações. Conforme explicou, em 2014 fez “a última das intervenções”, da qual não especificou em que consistia.
Porém, a partir de sua agenda e áudios publicados em diversas mídias, como O mundo, pode-se extrair que naquele ano ele manteve reuniões para falar sobre Rosell com várias pessoas, incluindo o ex-subdiretor operacional da Polícia Nacional Eugenio Pino; o ex-agente do FBI em Madri Marc L. Varri – contra quem também é dirigida a denúncia do ex-presidente do Barça -, e José Luis Pérez, um homem que tinha um blog do qual vomitava informações falsas sobre Rosell e um ex- membro do conselho de administração Blaugrana, Eduard Coll. De fato, Pérez foi condenado em 2015 por coação em Coll, embora uma isenção de distúrbio mental tenha sido aplicada a ele. Apesar de não constar como réu, ele é um dos personagens importantes do caso. Um dos relatórios da Unidade de Crimes Econômicos e Fiscais (UDEF) que acabou levando ao processo contra o ex-presidente do Barcelona e pelo qual acabou absolvido, foi baseado em conteúdo publicado no blog de Pérez.
O papel de Carmen Lamela
Anos depois, quando a denúncia contra Rosell e seu companheiro Joan Besolí foi apresentada em abril de 2017, Villarejo tentou falar com a então juíza do Tribunal Nacional Carmen Lamela, como ele comentou. Ela é quem investigou o caso e manteve os dois afetados em prisão preventiva por dois anos. O ex-comissário afirmou que não se saiu impune, porque Lamela alegadamente “só falou com a CNI, a Guarda Civil e pessoas ligadas ao Opus Dei”. “Eles a enganaram porque disseram que Rosell era um perigo para a segurança do Estado”, disse Villarejo. Este magistrado é uma parte importante da guerra suja contra Rosell?
Em entrevista ao Perguntas Frequentes da TV3 há um ano, o ex-comissário já dizia que “entendeu-se que o Barça era um elemento ligado à independência que precisava ser desestabilizado”. “Aí, uma juíza chamada Lamela foi procurada e ela concordou. E ela pediu uma série de coisas, inclusive ir ao STF, como acabou acontecendo”, disse. Por outro lado, esta sexta-feira distanciou-se deste movimento e apontou que não conseguiu falar com o mesmo juiz que mandou para a prisão os dirigentes do Processo. “Não acho que ela agiu de má fé, mas simplesmente foi enganada”, disse Villarejo.
O relato da equipe jurídica do ex-presidente do Barça é semelhante. Ele considera que os promotores que sustentaram a acusação contra Rosell e Besolí na Corte Nacional e a própria Lamela seriam peças necessárias na operação da Catalunha ao serem desencaminhados pela trama político-policial. A diferença com a versão de Villarejo é que ele coloca o ex-comissário como um dos protagonistas da trama. Em 2021, os advogados de Rosell já apresentaram uma denúncia contra Lamela perante o Supremo Tribunal Federal por esses fatos, embora tenha sido indeferida. Agora afastam da denúncia porque não podem reclamar na justiça comum – ela é limitada – mas não descartam ampliar a denúncia dependendo do andamento do processo.
Source: Ara.cat – Portada by www.ara.cat.
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